A minha última leitura do ano foi também uma descoberta. Depois de um ano a ler sobre este livro de Ana Margarida de Carvalho, decidi que tinha de tirar a limpo se devia ou não acrescentar este nome à minha enorme lista de autores a seguir.
Eugénia é jornalista e tem de entrevistar Joaquim, um dos sobreviventes da revolta dos vidreiros de 1934 na Marinha Grande.
Em alternância com as memórias, nada revolucionárias de Joaquim, cuja vida pessoal foi alterada por aquele acontecimento, vamos acompanhando o mal-estar de Eugénia e a gradual identificação desta com o revoltoso naquilo que as vidas de ambos tiveram de mais sombrio e doloroso.
De um grande lirismo a escrita de Ana Margarida de Carvalho agarra-nos desde a primeira linha e a cada página.
Uma autora a quem vou ficar atenta, sem dúvida!
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