Terminada a leitura desta já histórica revista literária, finalmente disponível em versão portuguesa, sendo este o seu terceiro número, aqui deixo as minhas impressões sobre a mesma.
Composta por contos de vários autores nacionais e de todo o mundo, o tema deste número era a casa. Sendo que o conceito de casa que podemos ler aqui é muito diferente de autor para autor, os contos são também muito diversos na sua abordagem. Desde o corpo-casa de Alexandra Lucas Coelho em "Laparotomia" (já com tradução para a Granta internacional a publicar em setembro), passando pelo pai-casa de Siri Hustvedt em "O meu pai, eu mesma" ou ainda Haruki Murakami, Mário de Carvalho ou Valério Romão, entre muitos outros.
A experiência de uma leitura deste tipo é sempre bastante heterogénea e há sempre histórias com as quais nos identificamos mais do que outras. O balanço deste terceiro número é muito positivo, tendo a seleção de contos sido excelente. Ainda podemos ler/ver uma fotonovela com bastante humor e quatro poemas de António Osório.
É caso para dizer que na Granta encontrei leitura para todos os gostos e muito recomendável, para além de ótimas ilustrações.
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